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sexta-feira, 29 de março de 2013

SELECÇÃO: QUEM TEM BAKU, TEM MEDO.

AZERBAIJÃO 0 - 2 PORTUGAL
                                     (b.alves, h.almeida)

Num jogo de 'ou matas ou morres' segundo fizeram passar a ideia, Portugal conseguiu matar em vez de morrer.
Não se esperava outra coisa de quem deseja a possibilidade de ir ao Mundial do Brasil.
No entanto, algo se passa com esta selecção, apresenta um futebol de pouca qualidade de construção e de finalização.
Contra adversários tão fraquinhos como estes azeris, como se pode ter tanta dificuldade em marcar?
Podíamos falar em motivação, mas não é motivante tentar ir a um Mundial, isso não chega?
O futebol pode ter várias vertentes, mas o objectivo é sempre o mesmo, marcar um golo do outro lado do campo.
O modo como o fazem é que pode ter a componente artística que faz a diferença entre jogadores e as equipas.
Portugal tem uma atitude tipo 'mais tarde ou mais cedo marcamos' e deixa-se arrastar pelo campo..
Teve oportunidades é certo, Postiga foi protagonista, mas não se vê emoção, não transmite incentivo a quem está de fora.
Uma primeira parte de falhanços (2 ou 3) com os azeris a não saber o que fazer com a bola (quando a tinham) deixou um 0-0 sem sabor a futebol.
A necessidade de golos alterou um pouco a atitude. Portugal pareceu mais convicto, mais objectivo
e beneficiou de uma expulsão dum azeri para ter mais espaço de manobra.
O Azerbaijão fechou-se mais lá atrás, mas pelos 62 minutos, teve o prémio desejado pela cabeça de Bruno Alves, que num canto saltou mais alto e bateu o guardião azeri.
Tudo se tornou mais fácil, a ganhar e com mais um elemento, restava garantir a vitória.
O Azerbaijão, apesar da inferioridade, soltou-se mais e só a muita atenção nacional quebrava as possíveis jogadas perigosas.
Só quando Hugo Almeida confirmou a vitória a 10 minutos do final, Portugal pode descansar a mente e o espírito atribulado que tinha à partida.
Uma vitória justa e lógica, sem Ronaldo, mas com um futebol muito pouco agradável à vista e pouco reconfortante para o coração.

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